Mas por que será que eu tô indo? E como eu consegui?
Então, eu vou contar tudo do comecinho, lá na fonte de tudo, então talvez isso aqui fique gigante rs.
Pra começar, eu estudo na ELJR (Escola de Língua Japonesa do Recife) que fica na ACJR (Associação Cultural Japonesa do Recife) hahaha.
Anteriormente eu estudava pelo JICA (Japan International Cooperation Agency) no prédio CTG da UFPE. Lembro do primeiro dia de aula, 5 de Setembro de 2012. No final daquele ano eu recebi um certificado de conclusão de 6 lições. Era algo tão básico mas parecia tão incrível na época!
Depois migrei pra ELJR レシーフェ日本語学校 e desde então só coisas maravilhosas vêm acontecendo. Ingressei lá em outubro de 2013 e aprendi muita coisa nova. Sou muito grato pela oportunidade de ser um estudante de lá.
No fim de 2013, na cerimônia de encerramento eu recebi um prêmio de destaque, Honra ao Mérito. Pra alguns é algo pequeno, mas pra mim é de extrema importância. Eu senti que estava evoluindo e desenvolvendo a mim mesmo, então eu fiquei extraordinariamente feliz.
O ano de 2014 chegou e as aulas voltaram.
Numa linda manhã de sábado a minha sensei chegou na sala falando sobre algo então na época novo pra mim. O Speech Contest | スピーチコンテスト ou SupiKon pros íntimos(笑). É um concurso de oratória de tema livre, cada orador discursa do que quiser, eu não ia participar de jeito algum. Na minha cabeça, eu era muito prematuro, e de fato era (ainda sou na verdade) então não dei bola, mas fiquei ansioso pra assistir os participantes. Mas todo sábado o Nabe Sensei (Tomoya Watanabe Sensei, o professor japonês que me dava aula pela JICA no CTG-UFPE) passava de sala em sala insistindo pros aulunos participarem do concurso. Eu me inscrevi meio que sob pressão acho, não lembro como aconteceu, só sei que aconteceu tudo muito rápido. Então em casa eu comecei a escrever em português minha redação e depois a traduzir pro japonês, mas eu sabia que não tava nada natural, mesmo assim me arrisquei (笑)Eu tava conversando com o pessoal da escola (o pessoal mais avançado), eu queria saber do que eles iriam falar. Eu comentei que não tinha ideia do que falar e iria discursar sobre como eu comecei a estudar a Língua Japonesa. Eu ouvi um deles falarem "Ah, mas isso é tão clichê". De fato, eu achava a mesma coisa, mas mesmo assim eu quis contar a minha estória.
Depois migrei pra ELJR レシーフェ日本語学校 e desde então só coisas maravilhosas vêm acontecendo. Ingressei lá em outubro de 2013 e aprendi muita coisa nova. Sou muito grato pela oportunidade de ser um estudante de lá.

O ano de 2014 chegou e as aulas voltaram.
Numa linda manhã de sábado a minha sensei chegou na sala falando sobre algo então na época novo pra mim. O Speech Contest | スピーチコンテスト ou SupiKon pros íntimos(笑). É um concurso de oratória de tema livre, cada orador discursa do que quiser, eu não ia participar de jeito algum. Na minha cabeça, eu era muito prematuro, e de fato era (ainda sou na verdade) então não dei bola, mas fiquei ansioso pra assistir os participantes. Mas todo sábado o Nabe Sensei (Tomoya Watanabe Sensei, o professor japonês que me dava aula pela JICA no CTG-UFPE) passava de sala em sala insistindo pros aulunos participarem do concurso. Eu me inscrevi meio que sob pressão acho, não lembro como aconteceu, só sei que aconteceu tudo muito rápido. Então em casa eu comecei a escrever em português minha redação e depois a traduzir pro japonês, mas eu sabia que não tava nada natural, mesmo assim me arrisquei (笑)Eu tava conversando com o pessoal da escola (o pessoal mais avançado), eu queria saber do que eles iriam falar. Eu comentei que não tinha ideia do que falar e iria discursar sobre como eu comecei a estudar a Língua Japonesa. Eu ouvi um deles falarem "Ah, mas isso é tão clichê". De fato, eu achava a mesma coisa, mas mesmo assim eu quis contar a minha estória.
Quem me conhece sabe que eu sempre costumo falar que as pessoas certas aparecem na hora certa. O universo conspira e quando nos alinhamos com ele tudo flui na nossa vida. Nesse meio tempo de criação de discurso a minha mãe conheceu uma pessoa muito especial. O nome dela é Alice Joko. Ela apareceu na minha vida e me proporcionou só coisas boas. Ela me falou que já tinha experiência com alunos participantes de Concursos de Oratória em Língua Japonesa e que poderia me dar uma mão. Ela é fundadora do curso de graduação de Japonês na UNB (Universidade de Brasília) e está estudando em Recife. Um dia nos encontramos na casa dela, e ela muito paciente me ajudou a criar o texto em japonês. Corrigiu todos os erros e deu muitas dicas, me ajudou a consertar a pronúncia de algumas palavras e a calibrar o tempo.
E assim fui dando forma ao meu discurso, e aos poucos ele foi sendo finalizado. Todos os dias eu praticava. Como o nível era acima do meu eu decorei, como todos os participantes (笑)
Houveram muitas alterações, eu queria que soasse o mais natural possível então mexi muito no texto pra que ficasse com palavras que as pessoas falassem no cotidiano. Se ficasse aquela coisa muito erudita poderia ser que nem todo mundo entendesse ou ficassem com sono haha.
Então o dia chegou, 27 de Setembro de 2014. Eram 11 participantes comigo divididos em 3 categorias. A, B e C.
Categoria A: O vencedor ganharia uma vaga no concurso nacional em Porto Alegre com tudo pago pela Fundação Japão. A duração do discurso deveria ser de 5~6 minutos.
Categoria B: O vencedor ganharia uma vaga no concurso nacional em Porto Alegre com tudo pago pela Fundação Japão. A duração do discurso deveria ser de 4~5 minutos.
Categoria C: Apenas para menores de 16 anos, o vencedor ganharia apenas um prêmio físico.
Eu estava na categoria B porque meu discurso era muito curto pra chegar à 6 minutos hehe.
O concurso era regional. Era a etapa Nordeste, então participantes de vários estados vieram. Eu estava muito nervoso enquanto ouvia os outros se apresentarem. Enquanto não chegava na minha vez, parecia que meu coração ia pular. Meu nervosismo estava evidente até o momento em que chegou a minha vez. Ouvi dizer que não consegui esconder o nervosismo, mas que na hora em que comecei a falar consegui disfarçar bem e transmitir tranquilidade. Mas isso foi só da cintura pra cima porque minhas pernas tremiam muito kkkkkk.
O concurso acabou e anunciaram os vencedores, eu venci na categoria B!!! Eu fiquei surpreso de verdade porque claro, eu queria ganhar, mas depois de ouvir os concorrentes eu fui logo me acostumando com a ideia de perder e de que o importante mesmo era a experiência.
Ganhei um troféu, uma medalha, uma camiseta, um temari e uma vaga pra participar do concurso nacional com os finalistas de todas as regiões! Minha mãe ficou muito feliz quando anunciaram meu nome, e eu fiquei feliz por fazê-la feliz =D
Ansioso na volta pra casa fui até a casa de Alice e a dei o Temari como agradecimento por ter me orientado em tudo, e o mais especial foi a forma que ela vibrou pela minha vitória. Foi uma sensação de felicidade absoluta.
Então segui para PoA com a vencedora da categoria A que também era de Pernambuco no final de Novembro. Fui com a Fujita Sensei (professora da escola) também. Chegando lá, Kelly Kinjo, a responsável por direcionar todos os participantes nos deu uma recepção calorosa após esperar o pouso de cada participante.
(Os nove participantes)
Fomos todos para o Hotel e depois o passeio turístico na cidade de Porto Alegre. No dia seguinte foi
o concurso. Eu era o último. E foi quando eu tive um dos meus maiores momentos de pânico. Eu passei Outubro inteiro com crises de tosse, até que parou um tempo antes da viagem. Eu tava muito tranquilo até que quando faltava o penúltimo participante, eu comecei a tossir e eu entrei em desespero, não conseguia acreditar que logo naquela hora ia começar a tosse incontrolável. Eu não podia estragar tudo naquela altura kkkk.
Chegou a minha vez a tosse passou magicamente, talvez a pastilha que um cara me deu tenha ajudado =D
Eu esqueci a introdução do discurso (MANCADA) mas no todo eu tava bem mais tranquilo que na regional e pude realizar meu speech normalmente. O problema foi a parte das perguntas, eu consegui entender as perguntas porque o vocabulário era básico, o ruim foi eu não conseguir responder, além de não saber o que responder não conseguia encontrar as palavras, dei uma enrolada e deu tudo certo.
Eram 6 prêmios e 9 participantes. 1º, 2º e 3º Lugar + 3 prêmios especiais. Eu consegui um dos três prêmios especiais, o Prêmio de expressividade na língua 「きれいな日本語賞」. Depois da premiação tivemos uma confraternização e depois visita ao Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS.
E tudo que eu consegui trazer pra casa daquele fim de semana!
Logo cuidei de juntar os prêmios. O do concurso regional e do nacional :D
Sou eternamente grato à Fundação Japão (Japan Foundation 国際交流基金) por me proporcionar essa experiência incrível!
Sou eternamente grato à Fundação Japão (Japan Foundation 国際交流基金) por me proporcionar essa experiência incrível!
Esse episódio acaba aqui. Na próxima postagem eu conto a parte 2.
つづく
つづく
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